Mobilização digital para o #15m perde fôlego desde fevereiro no Twitter e põe Maia como alvo central
Hashtags de engajamento sobre os atos, que antes destacavam apoio a Bolsonaro, tornaram-se mais críticas ao presidente da Câmara
Atualizado em 11 de março, 2020 às 1:51 pm
Debate sobre as manifestações de 15 de março soma 3,6 milhões de menções no Twitter desde 20 de fevereiro, mas vem perdendo força entre grupos pró-governo desde o começo de março. Hashtags de engajamento sobre os atos, que antes destacavam apoio a Bolsonaro, tornaram-se mais críticas ao presidente da Câmara.
A mudança de enfoque para Rodrigo Maia
O pico de interações sobre os protestos, em mobilização ativa das bases digitais a favor do governo, foi em 26 de fevereiro, após divulgação de que o presidente compartilhou no WhatsApp vídeo de endosso ao #15m. Desde então, os protestos apresentam contínua queda de impacto no Twitter, com leve aumento de repercussão no sábado (07), após fala do presidente em defesa das manifestações. Desde então, as hashtags mais impulsionadas têm maior foco sobre Maia.
#8m versus #15m
Os grupos de oposição ao governo e críticos aos protestos de 15 de março organizam-se, no Twitter, a partir das mobilizações de 8 de março, em decorrência do Dia Internacional da Mulher — e que assumiram contorno temático de contraposição a pautas identitárias de Bolsonaro.
Sérgio Reis, influenciador no WhatsApp e no Facebook
No Facebook, links sobre os protestos somaram mais de 10 milhões de interações, com grande predomínio de impacto entre portais e blogs de apoio declarado ao governo federal. Tanto na rede social quanto em vídeos compartilhados no WhatsApp, o apoio do cantor sertanejo Sérgio Reis se destaca como forte influenciador de convocação aos protestos de domingo.
62% foi o percentual de queda no engajamento sobre os protestos de 15 de março entre a última semana de fevereiro e a primeira semana de março.