Debate sobre o novo coronavírus reconhece a importância da quarentena
Mesmo com número de mortos forçando medidas mais rigorosas de isolamento em alguns estados, atenção a questões políticas segue maior do que preocupações sanitárias
Atualizado em 12 de maio, 2020 às 5:15 pm
Sem oscilações, o debate sobre saúde tenta contornar os efeitos da quarentena
No Twitter, o debate sobre questões sanitárias está dividido entre queixas sobre o distanciamento físico de familiares e amigos, necessário para o controle da pandemia da COVID-19, e a criatividade para amenizar as dificuldades geradas pela crise. Pessoas que se arriscam a romper a quarentena ou que compartilham notícias falsas a respeito da pandemia representam as principais preocupações dessa parte do debate.
Base alinhada à direita converge na deslegitimação do depoimento de Moro à PF
Tendo recuperado coesão depois do rompimento entre Sergio Moro e Jair Bolsonaro, o grupo alinhado à direita no Twitter representa pouco mais de 14% do debate político na rede. Com uma distância cada vez maior de Moro, essa base se concentra agora em um núcleo denso. Viraram alvo desses perfis as insinuações feitas pelo ex-ministro, em oitiva à Polícia Federal, sobre uma suposta interferência do presidente na PF fluminense. Compondo 28% do debate político, a base de oposição ‒ com perfis à esquerda e ao centro ‒ reconhece no depoimento de Moro razões para questionar a conduta de Bolsonaro e fazer avançar o seu impedimento.
No WhatsApp, fala de Bolsonaro e notícias falsas sobre a COVID-19 se destacam
O pronunciamento de Bolsonaro na manifestação do último domingo esteve entre os principais links de Youtube compartilhados no WhatsApp. Três vídeos repercutiram notícias classificadas como falsas por veículos de verificação (Governo do Pará esconde cloroquina; Autópsias na Itália; e Adélio Bispo com Covid-19). Destaca-se, também, a presença de uma live feita pelo biólogo Átila Iamarino, defensor do isolamento social, e um vídeo que foi removido por violar as diretrizes do Youtube.
