Bolsonaro lidera em todas as redes e preserva base no Twitter; Lula impulsiona oposição que, somada, supera base do atual presidente
Impacto digital dos presidenciáveis
Atualizado em 7 de maio, 2021 às 2:31 pm
- Juntos, o campo de apoio ao presidente e o grupo mais crítico ao seu governo somam 74,4% dos perfis envolvidos no debate político e concentram mais de 89,9% das interações no Twitter;
- Base de Jair Bolsonaro no Twitter mostra resiliência e mantém volume de perfis e interações nos três períodos analisados; narrativas articulam temas econômicos mirando hipossuficientes e responsabilizam prefeitos e governadores;
- Ciro apresenta bom desempenho em seu perfil pessoal, mas não forma base de apoio consistente no Twitter; Doria é o principal ator da base de centro-direita, que ocupa quase 20% do debate de oposição;
- Cenário indica uma forte polarização, com Lula despontando como nome com mais engajamento no campo de oposição, mas ainda em um cenário volátil.
Um levantamento realizado pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP), entre os dias 11 de março e 05 de abril de 2021, identificou 1681 publicações nas contas oficiais dos principais presidenciáveis e cerca de 55,1 milhões de interações e visualizações aos perfis oficiais de Jair Bolsonaro, do ex-presidente Lula, Luciano Huck, Ciro Gomes, e João Dória, no Twitter, Facebook, Youtube e Instagram. Além disso, foram coletadas mais de 18,3 milhões de menções aos presidenciáveis no Twitter.
O momento de maior mobilização do debate ocorreu na noite de terça (23) ‒ com 152,5 mil tuítes às 20h ‒, durante pronunciamento de Jair Bolsonaro em TV aberta, com informações sobre ações e decisões do governo para o combate da Covid-19. A maior parte do debate classificou como mentirosas as afirmações do presidente.
As análises foram realizadas em três períodos. O primeiro vai do dia 11 ao dia 17 de março; o segundo se inicia em 18 e termina em 24 do mesmo mês; já o período final engloba desde o dia 25 de março até 05 de abril. O objetivo dessa organização foi identificar as possíveis mudanças nas configurações dos campos políticos em torno dos presidenciáveis após a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente Lula.
Na esteira da anulação das condenações contra o ex-presidente Lula e após seu primeiro discurso com a recuperação dos direitos políticos, as métricas das contas oficiais (atividade e engajamento) do ex-presidente foram destaque. Além disso, foi possível observar uma ampla mobilização em torno da figura de Lula, gerando também impacto digital relevante. As contas oficiais do presidente Jair Bolsonaro, ainda assim, apresentaram volume muito superior aos demais em engajamento. O perfil pessoal de Ciro Gomes se notabilizou em atividade e engajamento; e João Dória apresentou alta atividade, muito embora tenha exibido o engajamento mais inexpressivo. É interessante observar que nem todos os presidenciáveis possuem contas oficiais em todas as redes analisadas, no entanto, para fins de visibilidade e alcance presença nas redes importa.
A resiliência da base de Bolsonaro e sua predominância em todas as redes o colocam com forte vantagem no campo comunicacional para as eleições de 2022. O alto alcance permite a articulação de narrativas que retiram a responsabilidade do governo federal na gestão da pandemia e reforçam argumentos sobre os danos econômicos de medidas de isolamento social, aproximando-o da crescente população hipossuficiente no país. As plataformas, conformam, assim, espaço estratégico para conter danos relacionados à condução da pandemia pelo governo federal e repassar a responsabilidade pelo caos sanitário e econômico a prefeitos e governadores.
1. Twitter
No que se refere ao mapa de interações sobre as menções aos presidenciáveis no Twitter, persiste uma configuração polarizada entre apoiadores e críticos ao governo federal. Nos três períodos analisados foi observada grande estabilidade no tamanho dos campos políticos, com a base formada pelos aliados do presidente Jair Bolsonaro (azul), reunindo entre 25,6% e 29,5% dos perfis e entre 38,6% e 44,0% das interações. A base de oposição foi formada pelo grupo amarelo, que reuniu as menções aos presidenciáveis de oposição, e rosa, formada por perfis com menor alinhamento partidário, e condensou entre 57,4% e 65,5% dos perfis e entre 57% e 58,8% das interações.
Mapas de interações no debate sobre os presidenciáveis no Twitter
De 11 a 17 de março
De 18 a 24 de março
De 25 de março a 05 de abril
Fonte: Twitter | Elaboração: FGV DAPP
Amarelo ‒ Presidenciáveis em oposição a Bolsonaro
Liderado por políticos de esquerda e centro-esquerda, jornalistas e influenciadores digitais, o grupo lamenta o aumento recente do número de óbitos por Covid-19 no país, atribuindo o saldo negativo a uma suposta negligência do governo federal em relação ao cumprimento de medidas de prevenção e à aquisição de vacinas (ou, ainda, de insumos) contra a doença. Fazendo alusão a um processo movido recentemente pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) contra o youtuber Felipe Neto, perfis reiteram o termo “genocida” que o influenciador dirigiu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nas suas redes sociais, em função da atuação do ex-capitão no combate à pandemia. Tiveram grande repercussão, ainda, postagens que exaltam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela recuperação da sua elegibilidade e por ele já ter sido vacinado contra o novo coronavírus; além de destacarem a notícia de que ele teria auxiliado na negociação para a compra de doses do imunizante russo Sputnik V. O agravamento da pandemia, as ameaças de insubordinação em quartéis batalhões da PM e a entrevista do ex-presidente Lula ao jornalista Reinaldo Azevedo, compuseram os principais temas debatidos no último período.
Azul ‒ Base de apoio de Jair Bolsonaro
Grupo composto por políticos de direita, jornalistas e perfis de humor se concentra em viralizar postagens genéricas do presidente Jair Bolsonaro celebrando ações do Exército brasileiro, os esforços do seu governo para reduzir impostos de combustíveis, a queda nas vendas e na circulação de determinadas revistas impressas no Brasil, dentre outras ações da sua gestão. Do mesmo modo, muitas postagens se dedicam à divulgação de detalhes das carreatas pró-governo federal que ocuparam diversas cidades do país, no domingo (11), compartilhando fotos e vídeos dos atos e dos manifestantes. Algumas postagens pontuais também atacam as medidas de restrição impostas pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB), em função do agravamento da pandemia de Covid-19 no estado, e reivindicam o seu afastamento do cargo.
Rosa ‒ Perfis de oposição ao governo, sem alinhamento partidário
Grupo composto por perfis de jornalistas, canais de comunicação, artistas, escritores, influenciadores digitais e políticos que fazem oposição ao governo federal. O debate é conduzido pela repercussão da intimação policial dirigida ao influenciador digital Felipe Neto, após ter chamado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida”, ao responsabilizar a suposta omissão do presidente no enfrentamento da pandemia e pelos números recordes de mortes por Covid-19 diariamente no Brasil. Essa concepção de genocídio supostamente praticada pelo presidente brasileiro ganhou amplo apoio da sociedade e foi reverberada por vários perfis de artistas e também da oposição. Além do apoio e da solidariedade dirigida ao influenciador digital, os perfis destacam a defesa de um país democrático e livre de censuras, direcionando o entendimento de que expressar publicamente opiniões contrárias ao governo federal não se enquadram em crimes que ferem a segurança nacional. Esse grupo, ainda, reforça a ideia de que silenciar e privar a liberdade de expressão são práticas de governos “autoritários” e “fascistas”.
Em uma segunda etapa de análise, foi realizado um detalhamento dos grupos políticos que compuseram o conjunto dos presidenciáveis de oposição ao governo federal (Amarelo), no último período coletado, entre 25 de março e 05 de abril.
Detalhamento do campo dos presidenciáveis de oposição no Twitter
Período de análise: de 25 de março a 05 de abril de 2021
Fonte: Twitter | Elaboração: FGV DAPP
Vermelho ‒ 45,3% dos perfis | 56,9% das interações
Grupo mais denso em número de perfis e interações geradas, formado por atores políticos partidários da esquerda, portais da imprensa tradicional e alternativa à esquerda, jornalistas e influenciadores. Concentra a maior parte das interações no ex-presidente Lula e no deputado federal Marcelo Freixo (PSOL- RJ). Trechos da entrevista de Lula ao jornalista Reinaldo Azevedo, e as campanhas #VacinaParaTodosJá e #DitaduraNuncaMais — em decorrência das controvérsias políticas em torno do aniversário (31/03) do golpe de 1964 — geraram engajamento expressivo neste campo do debate.
Amarelo ‒ 19,9% dos perfis | 18,7% das interações
Reunindo políticos de um espectro ideológico mais amplo e jornalistas, o grupo tem como principal perfil o Governador João Doria (PSDB-SP), ainda exibiram atuação e engajamentos relevantes o deputado federal Kim Kataguiri (DEM–SP) e o político João Amoêdo (NOVO). A notícia de que, mediante a aprovação da Anvisa, o país passará a fornecer a ButanVac, vacina contra a Covid-19 produzida inteiramente no Brasil , constituiu o principal assunto deste campo. Acusações de golpe — expondo o projeto da mobilização nacional — e coros de impeachment também compuseram o debate.
Laranja ‒6,3% dos perfis | 6,5% das interações
Nesse grupo, o presidenciável Ciro Gomes concentrou quase metade do total de interações. Marina Silva também figura entre os perfis críticos, e os principais temas condenaram a “celebração” do golpe de 1964 (#DitaduraNuncaMais) e repercutiram a demissão dos comandantes das Forças Armadas. Uma entrevista de Ciro Gomes ao Roda Viva (em março de 2020) voltou a circular e ampliou o engajamento do grupo.
Rosa ‒ 5,5% dos perfis | 3,9% das interações
Base formada por páginas de memes contrárias ao governo federal elencando episódios em que o presidente nega a ciência no contexto da pandemia e negligencia o plano de vacinação nacional #BolsonaroDay (1º de abril). O episódio da morte do soldado da Polícia Militar da Bahia e a “incitação” a um motim da PM por parte de aliados do governo também gerou engajamento.
Verde ‒ 5,3% dos perfis | 3,6% das interações
Base formada principalmente por perfis comuns que lamentam os episódios recentes da política envolvendo as fissuras nas instituições militares — também fazendo uso do #DitaduraNuncaMais –, e os gastos públicos tanto os direcionados à saúde e à seguridade social de forma mais ampla, quanto os direcionados às férias do presidente.
No Twitter, todos os presidenciáveis possuem contas e, em geral, alta atividade e engajamento, juntas as postagens (1168 no total) somaram mais de 617,5 mil interações.
Publicações vs interações em páginas dos presidenciáveis no Twitter
Período de análise: de 11 de março a 05 de abril de 2021
O presidenciável com maior número de retuítes foi o presidente Jair Bolsonaro. O alto engajamento foi obtido por meio de publicações que destacam ações positivas do governo federal, como uma publicação do jornal Correio Braziliense, que reporta a publicação da MP das Vacinas em agosto de 2020; esforços para reduzir impostos de combustíveis; e o avanço de obras para levar água a certas regiões do Nordeste.
Lula é o segundo presidenciável com mais interações, mesmo sendo apenas o quarto em número de publicações. Entre suas principais postagens no período, destacam-se manifestações de solidariedade ao youtuber Felipe Neto, que virou alvo de processo do governo federal; repercussões da decisão do STF de considerar o ex-juiz Sergio Moro suspeito no processo do triplex; e as entrevistas ao jornal Le Monde Diplomatique, em que faz um apelo a líderes internacionais por vacinas, e ao jornalista e um dos principais críticos dos governos PT, Reinaldo Azevedo.
Bolsonaro foi alvo também das principais publicações de João Doria, Luciano Huck e Ciro Gomes. O governador de São Paulo reagiu ao pronunciamento do presidente, acusando-o de faltar com a verdade. O apresentador Luciano Huck não mencionou Jair Bolsonaro, mas lamentou a repercussão da crise brasileira no mundo, destacando uma manchete da CNN Internacional. Ciro Gomes, por sua vez, adotou posicionamento mais direto, alcançando grande engajamento em tuítes que acusaram Bolsonaro de ser corrupto e criticaram a intimação por suposto crime contra a honra do presidente.
O desempenho da conta pessoal de Ciro Gomes no Twitter se aproxima ao de Lula, mas, como pode ser observado no mapa de interações, falta ao pré-candidato do PDT, volume mais expressivo de apoiadores na plataforma. João Doria apresentou um engajamento muito baixo em relação ao alto número de publicações que promoveu no período. Em relação às menções ao seu nome, no entanto, apresenta base maior e mais ativa do que Ciro Gomes. Já o desempenho de Luciano Huck nessa rede é muito baixo, com poucas publicações, alcance e sem a formação de uma rede de apoiadores.
2. Facebook
O Facebook, junto com o Twitter , também é uma rede na qual todos os presidenciáveis possuem contas. Observa-se, portanto, alto número de atividades (458 postagens) e engajamento — mais de 28,1 milhões de interações.
Publicações vs interações em páginas dos presidenciáveis no Facebook
Período de análise: de 11 de março a 05 de abril de 2021
Fonte: Facebook | Elaboração: FGV DAPP
O engajamento dos presidenciáveis em páginas do Facebook é liderado, com uma distância significativa, por Jair Bolsonaro. O presidente alcança volume acentuado de interações com a reprodução de pronunciamentos e divulgações oficiais do governo.
Com engajamento muito inferior ao de Bolsonaro, o ex-presidente Lula defende reiteradamente a importância da vacina em suas postagens na página oficial, e, dentre os posts que acumulou interações mais expressivas, a página repercutiu o julgamento realizado pela Suprema Corte que reconheceu a parcialidade do juiz Sergio Moro no caso contra o ex-presidente.
Luciano Huck e João Dória apresentam, respectivamente, segundo e quarto melhores desempenhos no Facebook. Luciano Huck exibe fragmentação temática, porém alcança expressivo engajamento em suas postagens. João Doria exibe alta atividade e divulga as medidas que o governo de São Paulo tem realizado para combater a pandemia, salientando a importância da vacinação e exaltando o trabalho e produção das vacinas pelo Instituto Butantan; além disso, anunciando medidas de apoio econômico para setores da sociedade afetados com a pandemia.
Ciro Gomes é o presidenciável com o maior número de publicações em sua página do Facebook, porém, o que exibiu menor engajamento. Ele movimenta a página com postagens que fazem críticas ao governo federal, destacando a ineficiência e a ausência de ações efetivas no combate da Pandemia da Covid-19 e, ainda, traz como problemática a saída de grandes empresas do Brasil, o que aumenta a dependência externa do Brasil para ter remédios e insumos básicos como luva e máscaras.
No Facebook, Bolsonaro apresenta desempenho muito superior a todos os outros candidatos que, por sua vez, oscilaram entre 1,5 milhões e 4 milhões de interações. Mesmo somados, os presidenciáveis de oposição a Bolsonaro alcançam somente 68,9% das interações obtidas por Bolsonaro no período.
3. Instagram
O Instagram foi a rede na qual os presidenciáveis exibiram menor atividade (119 postagens totais), entretanto acumulou mais de 15 milhões de interações.
Publicações vs interações em páginas dos presidenciáveis no Instagram
Período de análise: de 11 de março a 05 de abril de 2021
Fonte: Instagram | Elaboração: FGV DAPP
A conta do presidente Bolsonaro, novamente, exibe o maior protagonismo. O teor das postagens enfatiza o argumento econômico, condenando a estratégia de lockdown como medida de enfrentamento à pandemia; dessa maneira, foram divulgadas as medidas econômicas do governo, a atuação das forças armadas, além da compra e do andamento da vacinação no país. O ex-presidente Lula salientou a importância do enfrentamento ao coronavírus de forma multilateral, fazendo um apelo de articulação junto ao presidente dos EUA Joe Biden, e os membros do G20, defendeu que a vacina deve ser “um bem comum da humanidade” e não um produto condicionado à lógica de mercado. Ciro Gomes fez diversas postagens repercutindo o agravamento da Covid-19 no país, com críticas ao governo. Além disso, Ciro e Lula manifestaram solidariedade e apoio ao youtuber Felipe Neto.
Ciro Gomes é, entre os presidenciáveis de oposição a Bolsonaro o que mais fez publicações no período, no entanto, ficou na quarta colocação em termos de engajamento. Lula e Luciano Huck apresentaram o mesmo número de publicações no período, com vantagem para o ex-presidente em termos de engajamento. Bolsonaro repete o desempenho das outras redes apresentando-se muito à frente em capacidade de engajamento no aplicativo.
4. YouTube
No Youtube, os presidenciáveis postaram um total de 116 vídeos, atingindo, porém, volume expressivo de visualizações (5,2 milhões).
Vídeos vs visualizações em canais dos presidenciáveis no YouTube
Período de análise: de 11 de março a 05 de abril de 2021
Fonte: YouTube | Elaboração: FGV DAPP
Presidenciável com desempenho mais proeminente no Youtube, o canal de Jair Bolsonaro na plataforma deve grande parte do seu engajamento a três vídeos: duas de suas lives semanais, nos dias 11 e 18 de março, que contabilizaram, 362 mil e 390 mil visualizações, respectivamente, e um vídeo é anunciado o primeiro lote de vacinas entregues pela Fiocruz ao governo federal. Sustentam o engajamento, ainda, vídeos compartilhados por Bolsonaro que trazem depoimentos de profissionais da saúde criticando a imprensa e de caminhoneiros, agradecendo o Ministério do Desenvolvimento por melhorias em estradas; além de críticas ao endurecimento das medidas de isolamento social e depoimentos de empobrecimento e miséria causados pelo desemprego. No dia 05 de abril, um vídeo com o depoimento do prefeito de Chapecó recomendando o uso do tratamento precoce obteve mais de 300 mil visualizações.
O engajamento do canal de Ciro Gomes, por sua vez, se ancora em trechos de entrevistas em que critica a política econômica do governo federal ‒ com ataques diretos ao ministro Paulo Guedes ‒, um depoimento em vídeo em que defende a abertura de uma CPI para investigar a atuação do governo federal no combate à pandemia e um compilação de declarações sobre a corrupção na família Bolsonaro. Já as visualizações ao canal de Lula se concentram, em sua maioria, em vídeos que mostram o ex-presidente recebendo a primeira dose da vacina contra a Covid-19, em São Bernardo do Campo (SP) e em declarações sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro.
Com um dos menores desempenhos no Youtube ‒ apesar da quantidade de publicações ‒, o canal de João Dória confia o seu engajamento em vídeos sobre a atuação do governo de São Paulo no combate à Covid-19. Maior número de visualizações (971 views) mira um apelo em vídeo, feito pelo governador paulista, em que alerta sobre o agravamento da pandemia, anuncia medidas de restrição no estado e pede compreensão e colaboração da população. Outros vídeos de grande repercussão mostram uma visita de Dória a instalações do Instituto Butantan, onde são fabricadas vacinas contra a Covid-19, e o carregamento de caminhões com mais 3 milhões de doses do imunizante para serem entregues ao Ministério da Saúde.
Assim como nas outras redes, Bolsonaro apresenta desempenho muito superior em termos de engajamento. Há, no entanto, uma diferença importante, pois no YouTube, Bolsonaro é também o presidenciável que mais publicou vídeos no período.
FGV DAPP
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