Base pró-governo se mobiliza após operação da PF contra fake news e tem maior presença em meses
Investigações contra blogueiros e aliados do presidente geram forte movimento de defesa no Twitter, levando grupo bolsonarista a reunir 27% do debate público no país, maior percentual desde o início da pandemia de Covid-19; no Facebook, Witzel é destaque
Atualizado em 23 de junho, 2020 às 9:45 am
A direita contra-ataca: críticas à operação da PF e menções à “ditadura do STF”
Sob o impacto da operação da Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (27), contra diversos blogueiros, empresários e influenciadores de apoio ao governo, a base pró-Bolsonaro ampliou de forma considerável presença no debate político geral no Twitter, mobilizando críticas sobretudo ao Supremo Tribunal Federal. A base de oposição unificada ao governo também ganhou espaço por conta da operação da PF, mas, pela primeira vez desde o início da pandemia, ficou com menor presença de perfis na rede (25%) do que o grupo bolsonarista.
Canais de direita perdem espaço no Youtube ao repercutir Polícia Federal
Dentre as principais plataformas digitais do país, normalmente é no Youtube que os influenciadores da direita de apoio a Bolsonaro têm maior impacto proporcional e predomínio sobre outros núcleos políticos. No entanto, no acompanhamento das operações da PF contra o Governo do Estado do Rio de Janeiro e os propagadores de fake news, a imprensa profissional reuniu 18 dos 20 vídeos de maior número de visualizações.
No WhatsApp, live de Allan do Santos após intimação viraliza; Witzel é ausência
Uma live realizada pelo blogueiro Allan dos Santos após a intimação pela PF na manhã de 27 de maio se tornou, em um curto espaço de tempo, o terceiro vídeo de Youtube mais compartilhado no WhatsApp na semana. A investigação da PF contra Wilson Witzel esteve, ainda como suposição, entre os vídeos mais compartilhados da semana passada, mas nesta semana, mesmo após a deflagração da operação, o tema não alcançou grande repercussão, sendo superado por vídeos da tensão entre o ministro Celso de Mello e o ministro Augusto Heleno.