Over the weekend, the pro-government base gains space and intensifies digital actions in defense of Weintraub and in opposition to the STF
Updated 4 de June, 2020 at 11:49 am
- The support group for Bolsonaro enchants actions and reaches 20% of the interactions in the public debate on Saturday and Sunday, the mayor has been present since the anti-democratic protests on April 20;
- The opposition to the government again divides into the groups that together reach 65% of interactions between the president and debate with Trump, ministers of Education and the Middle Environment;
- I believe that the Bolsonarist nucleus maintains the isolation and dependence of specific influential people, the profile of the initiative of the Giant Gigantes in space in the opposition
Continue reading in portuguese:
No fim de semana posterior à divulgação do vídeo de reunião ministerial do governo Bolsonaro, a base de apoio ao presidente no Twitter manteve percurso de intensificada ação digital e contínuo isolamento, recuperando espaço no debate público: no domingo (24) e no sábado (23), chegou a 20% das interações sobre o contexto político e associado à pandemia de Covid-19, segundo o índice de monitoramento do ambiente digital da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas. Desde 20 de abril, quando a base bolsonarista organizou forte atividade em apoio a protestos com pautas antidemocráticas, o grupo azul (pró-governo) não reunia acima de 20% das interações gerais do debate. Desta vez, contudo, com maior direcionamento em duas frentes: a defesa do ministro da Educação Abraham Weintraub e o ataque ao ministro do STF Celso de Mello e à Suprema Corte enquanto instituição.
Já a base de oposição, que sempre se unifica após eventos específicos da conjuntura política, como as saídas dos ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta, voltou a se dividir em dois grupos: um amarelo (25%), de articulação entre diferentes grupos políticos, da direita à esquerda; e um rosa (40%), que manifesta contínua oposição a Bolsonaro, mas tem debate voltado principalmente a questões de saúde pública e os efeitos da quarentena. Isso faz com que a base direta de rejeição ao bolsonarismo se mantenha a partir de 65% das interações totais do debate, que, na soma de sábado e domingo, acumulou 7,3 milhões de postagens no Twitter.
Assim como, no grupo azul, o impacto direto do vídeo liberado pelo ministro Celso de Mello modificou o contorno temático da discussão, nas bases de oposição o mesmo ocorreu, com forte movimento de rejeição a Weintraub (mas também, e com aumento de impacto, ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles) e intenso engajamento por influenciadores digitais (o youtuber Felipe Neto, que em geral mobilizava o grupo rosa, cada vez mais atua como interlocutor do grupo de alinhamento político claro) do impacto internacional da atuação de Bolsonaro frente à pandemia. A informação de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu voos do Brasil para o país foi o principal organizador da discussão das bases críticas a Bolsonaro na noite de domingo.
Outro novo foco de engajamento pelo grupo amarelo é o perfil brasileiro da iniciativa Sleeping Giants, que identifica empresas que aparecem em anúncios de sites com histórico de divulgação de notícias falsas. A conta da iniciativa no Twitter esteve entre os principais influenciadores do grupo amarelo no domingo, a partir da atuação de perfis de políticos e veículos da imprensa repercutindo as publicações do perfil, que é objeto de contra-ataque por parte da base bolsonarista em campanhas para o boicote das empresas que retirarem os anúncios dos sites denunciados, de apoio manifesto a Bolsonaro.
Conforme observado na última sexta-feira (22), o grupo pró-governo federal segue muito dependente da contínua atividade digital de algumas dezenas de perfis muito populares e com forte engajamento interno; ou seja, retuitando-se de forma constante, sem pontes com outros perfis novos ou com distintos grupos do debate. Esse grupo é majoritariamente composto por influenciadores alinhados a Olavo de Carvalho, parlamentares, integrantes do governo federal e perfis da família Bolsonaro.